quinta-feira, 27 de maio de 2010

Áreas que englobam esta especialidade...


-A Antropologia Forense é a aplicação da Antropologia e da Osteologia (Estudo do Esqueleto humano) em situações em que o corpo já está bastante decomposto. Os antropologistas forenses ajudam na identificação de cadáveres que se encontrem ou decompostos, ou mutilados, ou queimados ou que sejam impossíveis de reconhecer.

-A Entomologia Forense consiste no estudo de insectos, aracnídeos, crustáceos e muitos outros tipos de animais com propósitos forenses. Esse estudo irá permitir descobrir a data e local da morte ao serem analisados os animais encontrados na vítima bem como os ovos que podem ter depositado nesta.

-A Odontologia Forense consiste na análise e avaliação de provas com carácter dentário podendo desvendar a idade das pessoas (caso sejam crianças devido à dentição de leite) e a identidade da pessoa a quem pertencem os dentes.

-A Patologia Forense é a área da Ciência Forense mais preocupada em determinar a causa da morte de uma vítima. O médico patologista irá então, graças ao seu treino em patologia anatómica e forense, realizar uma autópsia à vítima em que irá determinar a causa da morte desta,bem como descobrir mais provas que levem ao assassino.

-A psicologia forense é um campo da psicologia que consiste na aplicação dos conhecimentos psicológicos aos propósitos do direito, como lutas judiciais pela guarda de crianças, abusos sexuais, entre outras

-A psiquiatria forense é uma sub – especialidade da psiquiatria, que se encontra interligada entre a lei e a psiquiatria. Para ser um psiquiatra forense é necessário treino específico para ser reconhecido pela Ordem dos Médicos.
Esta actua nos casos onde ocorra qualquer dúvida sobre a integridade ou a saúde mental dos indivíduos, em qualquer área do Direito, com o objectivo de poder esclarecer à justiça se há ou não, a presença de um transtorno ou perturbação mental.

História das Ciências Forenses

Aqui está representada um pouco da história das ciências forenses:


- Arquimedes prova que uma coroa não era toda feita de ouro tal como o vendedor afirmava através do uso de inúmeros princípios da Física.


- Primeiro uso registado de impressões digitais na Arábia, segundo os relatos do mercador Suleiman.


- É escrito o livro “Xi Yuan Ji Li” que contém o primeiro registo do uso da medicina e da etimologia como forma de resolver crimes.


- Ambroise Paré, um cirurgião Francês, estuda os efeitos de uma morte violenta nos órgãos internos; Fortunato Fidelis e Paolo



- Zacchia, dois cirurgiões Italianos criam a base para a fundação da patologia moderna ao estudarem mudanças que ocorriam na estrutura do corpo após um crime violento.


- Marcello Malpighi, um professor de anatomia na Universidade de Bolonha reinventou o sistema das impressões digitais.


- Foram escritos inúmeros trabalhos sobre Medicina Forense como, por exemplo, o “Tratado sobre Medicina Forense e Saúde Pública” escrito pelo médico Francês Fodéré.


- O cientista Alemão Valentin Ross descobre como detectar arsénico nas paredes do estômago de uma vítima desse veneno.


- É criada a primeira força de detectives, a “Sûreté de Paris” pelo detective Eugène François Vidocq.

- Criam-se organizações como o FBI nos EUA e a Interpol na Áustria. É inventado o primeiro sistema automatizado de identificação de impressões digitais. Com a chegada da informática, verificam-se cada vez mais progressos nas áreas da Ciência Forense.

Para que servem as Ciências Forenses?


A ciência forense é utilizada para a análise de vestígios principalmente em crimes violentos. Tais como espécimes biológicos como sangue, cabelo, sémen, e outros tecidos que estão entre os tipos de evidências mais frequentemente encontrados nas cenas do crime. Estes chegam a um laboratório criminal de várias formas, tipos e condições, fazendo com que os procedimentos analíticos normais, às vezes sejam difíceis de executar. Graças a testes e investigações forenses, pedaços de evidências agora dizem muito mais do que costumavam a dizer. Dada a alta exactidão e natureza sensível das investigações forenses, é necessária uma extrema cautela para prevenir contaminações na hora de identificar, recolher e conservar uma evidência biológica. Os investigadores e os profissionais de laboratório usam todo o tipo de materiais para manipular as evidências a fim de evitar o contacto com os vestígios recolhidos de modo a não haver contaminação (adulteração dos vestígios) dos mesmos.
A ciência forense está realmente a mudar a nossa vida do dia-a-dia.